4 hábitos que destroem a memória enquanto envelhecemos, segundo neurocientista
1. Ter excesso de tarefas
Ranganath explica que o cérebro conta com uma área chamada córtex pré-frontal, responsável por prestar atenção em tudo ao redor. Naturalmente, essa função diminui com o tempo. No entanto, se a pessoa tem uma rotina multitarefas, com atividades em excesso, o prejuízo ao foco é ainda maior.Isso prejudica a memória e penaliza a função do córtex pré-frontal, impactando negativamente os recursos que normalmente nos ajudariam a formar memórias fortes", explica.
Como abandonar esse hábito — O especialista orienta que sejam delimitados tempos específicos para cada tarefa. Além disso, vale também incluir na rotina pausas para meditação e para caminhadas ao ar livre.
2. Não priorizar o sono de qualidade
Por uma série de razões, a quantidade e a qualidade do sono diminuem com a idade. Segundo o especialista, o problema pode ser agravado ainda mais quando inibidores do sono são ingeridos, como medicamentos e álcool, sem que o descanso seja priorizado.
Como abandonar esse hábito — A privação de sono é devastadora para o córtex pré-frontal e prejudica a memória. Por isso, o neurocientista aconselha que seja evitada a exposição às telas, e também a ingestão de refeições pesadas e de bebidas como café e álcool antes de dormir.
3. Praticar atividades monótonas
Para ter boas lembranças associadas a momentos felizes e afetuosos, é preciso que esses momentos sejam, de fato, vividos. Por isso, é preciso diversificar a rotina e ter experiências extraordinárias que possam ser lembradas, evitando que o cotidiano seja completamente focado em atividades monótonas.
Como abandonar esse hábito — Passar a semana lendo e-mails e vendo vídeos nas redes sociais não é a melhor maneira de criar momentos memoráveis. Ranganath sugere fazer passeios além do refeitório da empresa, passar tempo com pessoas diversas e ir a lugares diferentes, para criar oportunidades de construir memórias duradouras.
4. Confiar demais na própria memória
Nem sempre o cérebro vai guardar uma informação importante sem a ajuda de um método ou acessório externo, como exercícios de memorização, por exemplo. O neurocientista explica que é importante não confiar demais na própria memória e é necessário considerar que não se consegue reter todas as informações.
Como melhorar esse hábito — Em vez da memorização mecânica, o especialista orienta que, alguns minutos depois de se aprender algo, esse conhecimento seja testado. Isso pode ser repetido uma hora depois e em outros momentos, de forma alternada. "Quanto mais você espaçar essas tentativas, melhor [para a memória]'’, afirma Ranganath.